A Historia do Design de Moda
Os primeiros criadores de moda estavam dentro das cortes, eram reis, rainhas, princesas, baronesas enfim membros da monarquia em geral. Com ampliação do comercio, favorecido pelas cruzadas a relação comercial entre oriente e ocidente foi facilitada. E consequentemente o pode aquisitivo da nobreza aumentou, foi então que os membros da nobreza começaram a poder consumir mais e também a copiar as vestimentas da corte. Gerando na mesma uma vontade cada vez maior por exclusividade. Na corte francesa, por exemplo, Napoleão III instituiu que as damas não repetissem vestidos, também para que o mercado internacional visse na França uma referencia de Moda e elegância, aumentando assim o potencial do mercado produtor do mesmo no pais, tentando tirar a atenção da Inglaterra que por um grande período, especialmente com a rainha Vitoria se voltaram para o pais.
Funcionava assim a França tornou-se referencia para a moda feminina e a Inglaterra com seu Dandismo para a moda masculina, mas simples, sóbria e de alfaiataria.
O inglês Charles-Frederic Worth mudando-se a Paris, quando as maquinas de costura já existiam, vinha para saciar esse desejo de exclusividade imperante em meados do Séc XIX
Com a sua alta-costura foi o primeiro costureiro a criar em Paris uma maison de couture, que chamamos de Maison, criando modelos exclusivos que fizeram sucesso perante a corte e a nobreza. Worth também foi o primeiro a apresentar suas criações através de desfiles usando manequins, e a cobrar preços não tão comuns na época para quem quisesse usar sua marca, que a partir de agora seria uma forma de status a mais para as cortes e burguesias.
E este foi o inicio das Maison em Paris com seus brilhantes costureiros como também, Doucet, Patou, onde somente com a presença do cliente é que o vestido seria montado. E deu-se a multiplicação das Maison e para atender esta demanda surgem também muitas industrias têxteis para fornecer tecidos, acessórios, aviamentos e também aquelas de complemento e acessórios como as chapelarias por exemplo.
As maisons tinham sua clientela seleta, exclusiva formada por mulheres e homens ricos e elegantes do mundo inteiro. E cada Maison possuía um estilo e assim sendo seus respectivos clientes que se identificavam com tal. Mas sempre dentro dos padrões estéticos vigentes na Belle Epoque.
O aparecimento das Maison vai culminar na inauguração dos grandes magazines, onde os departamentos de confecção expunham, com certo atraso, modelos copiados de alta-costura.
Naquele tempo não era costume se preparar coleções para cada estação do ano, o que dava mais durabilidade às roupas, mas os clientes tinham a possibilidade de estar sempre fazendo encomendas de novas criações. Somente depois da Segunda Guerra as apresentações das coleções se tornaram periódicas e regulares, e as mais importantes eram as de verão e de inverno.
Em 1929 o prestígio e o domínio da alta-costura parisiense vieram a ser abalados, com a quebra da Bolsa de Valores de nova Iorque (o crash) e a conseqüente crise econômica americana, que se alastrou pelo mundo.
Em 1945 quando terminou a segunda guerra, as maisons que sobreviveram viram-se sem sua clientela das Américas.
Para seduzi-la de novo, era necessário inovar.
Entre as outras maisons que tentaram a sorte naquela época, a de Christian Dior foi a que melhor soube explorar a nova situação e dar nova feição á alta-costura parisiense.
Quando a geração que nasceu no pós-guerra atingiu a idade adulta, passou a não aceitar a idéia de que todos tinham que se trajar de acordo com os princípios da alta-costura parisiense. Nos anos 60 os jovens procuravam roupas diferentes, e não tinha a menor vontade de vestirem-se como os seus pais. O mundo estava, e já tinha mudado muito, a emancipação feminina avançava, a vida estudantil exigia roupas práticas e a juventude universitária americana abriu novos caminhos, adotado trajes exóticos, muitos inspirados nas roupas das classes menos favorecidas ou de ídolos do cinema. Bem diferente da época de seus pais.
A indústria da moda passou a prestar atenção nessa nova clientela, que devia ser de novo seduzida por roupas de estilo. É assim que vemos aparecer, nos anos 60, uma nova geração de costureiros: os estilistas. O termo estilista foi inventado na época par designar os novos criadores de moda, que começaram a se instalar numa região de Paris chamada Saint-Germain-des-Prés, onde viviam os estudantes, os boêmios e os intelectuais. Saint-Germain tornou-se um novo centro de moda, cheio de butiques de prêt-á-porter, de novas maisons e de filiais de maisons tradicionais.
Nas últimas décadas houve uma grande proliferação de estilistas, e como conseqüência, desenvolveu-se enormemente o que de início chamou-se de indústria da confecção, atualmente conhecida como indústria do prêt-à-porter.
Para se ter uma idéia da mudança que ocorreu no campo da moda, basta mencionar que hoje se estima haver, em Paris, cerca de 60 grandes criadores de prêt-à-porter e 20 maisons de alta-costura, muitas delas passando por várias crises.
Depois dos anos 75-80, uma nova geração de estilistas faz uma grande revolução na moda, desbancando Paris como centro máximo de criação, embora os desfiles da alta-costura, que geralmente acontecem na cidade, em janeiro e julho, tenham ainda uma enorme repercussão. Mas, tornou-se incrível a importância do Salão de Prêt-à-Porter. Nomes célebres e apresentações cada vez mais teatralizadas reúnem, em março e outubro, um vasto público, grande número de jornalistas e estilistas de todo o mundo. Hoje, criadores das mais diversas nacionalidades encontram-se nessas grandes ocasiões para espalhar as novidades pelo mundo.
E nunca a moda esteve tão em evidência como nessas últimas décadas. Nos grandes centros, as exposições e os museus de moda se multiplicam, e o número de estilistas vem crescendo assustadoramente. Tornou-se cada vez maior a oferta de peças dos mais diferentes estilos e tendências e, hoje, cada um pode se vestir respeitando mais sua personalidade, seus gostos e suas necessidades.
Existe inúmeros estilistas ou griffes que poderiam ser citados, grandes criadores que influenciaram o mundo da moda.
Conheça um pouco deles através da pagina ESTILISTAS
ENCICLOPÉDIA DA MODA